ELEVAÇÃO NA ARLS LUZES DO PENSAMENTO
Sessão de Elevação na ARLS Luzes do Pensamento - 26/05/2014...LEIA MAIS..
JORNAL ALAVANCA Nº 65
Sagração de Templos reúne Lojas de sete municípios...LEIA MAIS..
SER MAÇOM
Ser Maçom é ser amante da Virtude, da Sabedoria, da Justiça e da Humanidade...LEIA MAIS..
MAÇONARIA UNIDA MT
Maçonaria Unida Mato-Grossense - Dom MIlton fala sobre FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE ...LEIA MAIS..
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Iniciação na Acácia de Várzea Grande
MARÇO/ABRIL/2009 ARLS ACÁCIA DE VÁRZEA GRANDE A Loja Maçônica Acácia de Várzea Grande nº 33, ao Oriente de Várzea Grande, realizou a iniciação de cinco Aprendizes em seu quadro. A Sessão Magna de Iniciação aconteceu no dia quatro de abril de 2009, em seu Templo, com a presença do Grão Mestre licenciado do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso (GOEMT, Irmão José Ferreira Leite, do Grão Mestre de Honra, Irmão Ananias Vieira da Silva e do presidente da Poderosa Assembléia Legislativa Maçônica, Irmão Dari Carvalho dos Santos, além de irmãos do quadro e de Lojas co-irmãs. Foram iniciados os Irmãos Adilson Ferreira da Silva, natural de Vila Vargas (MS), empresário, casado com a cunhada Maria Edileusa Henrique da Cruz e Silva; Claudio Alessandro Boregas, natural de Dourados (MS), empresário, casado com a cunhada Evila Monteiro Boregas; Iniciação de Aprendizes fortalece colunas Fernando Sanches Vicente, natural de Cuiabá (MT), administrador financeiro, solteiro; Júlio Augusto Gonçalves, natural de Paranavaí (PR), empresário, casado com a cunhada Gislaine Trivelatto Grassi; e Silmar José Leite de Barros, natural de Cuiabá (MT), contador, solteiro. O Venerável Mestre da Loja Maçônica Acácia de Várzea Grande nº 33, Irmão Odivaldo dos Santos, transmitiu as boas vindas aos novos irmãos durante o ágape oferecido pelos Aprendizes, oportunidade em que as cunhadas foram homenageadas com um belo arranjo de flores.
LEIA MAIS...
Maçonaria Unida
MARÇO/ABRIL/2009 MAÇONARIA UNIDA Nos dias 17 e 18 de abril de 2009 Cuiabá transformo-se na “capital da cultura maçônica”, ao sediar o XIV Encontro Nacional da Cultura Maçônica, onde se reuniram escritores, intelectuais, jornalistas, dirigentes de institutos culturais maçônicos e várias autoridades. A realização foi da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica (ABIM), Instituto Brasileiro de Pesquisas e Estudos Maçônicos “Fernando Salles Paschoal” (IBRAPEM), União Brasileira dos Escritores Maçons (UBRAEM) e Associação das Academias Brasileiras de Letras (AABML), sendo organizado pela Maçonaria Unida Mato-grossense (GOEMT-GLEMT-GOB-MT). A abertura oficial do evento foi feita pelo Grão Mestre licenciado do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso (GOEMT), Irmão José Ferreira Leite e pelo presidente da Associação Brasileira da Imprensa Maçônica (ABIM), Irmão Antônio do Carmo Ferreira. O Irmão José Ferreira Leite fez um discurso que refletiu o entusiasmo e a alegria de ser cuiabano, mato-grossense, resgatando os valores da terra e de seu povo. O Irmão Antônio do Carmo Ferreira também falou do entusiasmo e da felicidade de ser maçom. Presentes Grão Mestres de vários Estados brasileiros, dentre os quais o Grão Mestre do Grande Oriente de Mato Grosso do Sul e presidente da Confederação Maçônica do Brasil (COMAB), Irmão Heber Xavier; Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso (GLEMT), Irmão José Carlos de Almeida; Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil (GOB-MT), Irmão Júlio Tardin; Grão Mestre Adjunto do GOEMT, Irmão Evandro Xavier Braga; Grão Mestre Adjunto do GOB-MT, Irmão Ivo Mathias; vice-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, além de Irmãos representantes de Potências e Lojas maçônicas do Brasil. Na oportunidade, o vice-governador do Estado, Silval Barbosa, proferiu palestra abordando “Mato Grosso em Tempos Atuais e Perspectivas”, apresentando uma síntese da administração da gestão Blairo Maggi. Ele falou das diversas oportunidades que o Estado oferece e que ainda tem a oferecer, do trabalho de desenvolvimento sustentável defendido e aplicado pelo Governo do Estado, os números positivos Cuiabá: capital da cultura maçônica 2009 como exemplo e outras ações, mas, sobretudo, que o governo vem trabalhando na verticalização da produção. “A Maçonaria tem sido uma parceira do Governo em todos os aspectos; nas questões de discussões e sugestões, participando ativamente na governabilidade. Todos os momentos falando de Mato Grosso, vendendo a imagem do Estado para outros Estados”, ressaltou Silval Barbosa, agradecendo o convite para tão grande evento cultural da Maçonaria brasileira. Em nome das três Potências, o Grão Mestre do GOB-MT, Irmão Júlio Tardin, agradeceu a presença do vice-governador e demais autoridades presentes. Ele lembrou que há mais de oito anos a Maçonaria é parceira das ações de desenvolvimento de Mato Grosso. A instituição maçônica está presente em mais de 50% dos municípios matogrossenses. “Queremos um Estado forte para que as futuras gerações tenham o conforto que tínhamos a merecer há muitos anos”, afirmou. Após a abertura oficial do evento, todos participaram de um coquetel de recepção oferecido pela comissão organizadora. Abertura do XIV Encontro foi feita pelo Irmão José F. Leite, Grão Mestre licenciado do GOEMT O vice governador Silval Barbosa elogiou a atuação da Maçonaria como parceira do Estado TEXTO: MOISES PORTUGAL FOTOS: JEFERSON KLEVE
LEIA MAIS...
Palestras no XIV Encontro Nacional de Cultura Maçõnica, aonde colaborei como fotógrafo oficial do evento.
LEIA MAIS...
Lançamento da pedra fundamental da ARLS Acácia de Várzea grande, minha Loja Mãe. na época ainda não era "pedreiro", em 2001.
domingo, 17 de maio de 2009
Tolerãncia
TOLERÂNCIA
O tema proposto para esta apresentação é de grande relevância para os maçons e para Ordem Maçônica em geral, dada a sua importância filosófica e doutrinária como guia maior da prática das virtudes afinal: “Maçonaria é o estudo das ciências e a prática das VIRTUDES”
O presente trabalho discorre sem pretensões, sobre algumas reflexões acerca da importância contida na virtude da Tolerância no processo de aceitação e compreensão das diferenças, em especial no seio maçônico, convivência fraterna entre os irmãos.
De início convém destacar que a Tolerância traduz no remédio eficaz contra todas as ações e posturas eivadas de intransigências e que objetivam suprimir a livre manifestação do pensamento.
Neste contexto a Maçonaria se mostra como intransigente defensora e cultora dos sãos princípios desta importante virtude de tão difícil exercício, considerando ser a natureza humana suscetível ao poder nefasto do super-dimensionamento do ego e do ranço dogmático das vaidades e do poder.
Então, a observação e a prática da tolerância constitui, pois, exigência fundamental para a prática maçônica. Por isso que a nossa Sublime Ordem exige de seus Iniciados o cumprimento de sérios deveres e enormes sacrifícios.
A Maçonaria proclama em seus princípios fundamentais que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que assim sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um.
Especificamente, no âmbito de nossa obediência, consta do Ritual do 1º Grau-Aprendiz Maçom, no tópico Preâmbulo da Maçonaria - Seus Princípios Fundamentais que:
“A maçonaria não impõe nenhum limite à investigação da verdade e é para garantir a todos essa liberdade que exige, a maior tolerância” (sic - Ritual Grau 1, GOEMT, pág. 09)
Assim, a nossa Sublime Ordem proclama a TOLERÂNCIA entre os seus Iniciados.
O vocábulo tolerar não significa apenas ser indulgente, ser condescendente, ser transigente, ser permissivo, mas acima de tudo significa ter certa capacidade ou resistência para suportar.
Na sociedade moderna, praticar a tolerância a cada dia exige muito esforço de cada um de nós, pois a conturbada atividade social e a pressão psicológica exercida sobre o homem, torna-o exigente, imprudente, agressivo e até inconseqüente na execução dos atos em sua vida.
É nesse contexto que tolerar assume importância fundamental entre os homens.
Se o homem profano sente-se desobrigado de praticar a tolerância, para o homem Maçom o mesmo não acontece, pois, tolerar é um dever. Este princípio está intrinsecamente ligado a um dos fins supremo da Sublime Ordem: a Fraternidade.
Como se sabe, na prática maçônica tem-se que a meta para combater e eliminar a mãe de todos os vícios, adota como premissa o culto aos sãos princípios da Tolerância, do Amor Fraternal e do Respeito a si mesmo.
A Tolerância, pois, constitui uma das mais importantes virtudes para a Maçonaria, pois possibilita a convivência dentro das Lojas, de Irmãos de todas as tendências de pensamento e credos, fazendo com que se acate, com necessária humildade as diferenças e desníveis inerentes ao ser humano em todos os sentidos.
Desta forma é mister compreender a virtude da tolerância como imperativo essencial ao pleno exercício da atividade maçônica, por ser esse o caminho para suplantar os óbices e alcançar em sua dimensão plena a solidariedade e o espírito fraterno. A negação a atitudes intolerantes conduz necessariamente ao reconhecimento e à compreensão dos valores espirituais alheios, divergentes e até adversos.
Deve-se observar que a Maçonaria compreende e absorve a existência das tensões e contrariedades que se exprimem no cotidiano da vida humana em sociedade.
Conseqüentemente pelo respeito à vida e ao G.·. A.·. D.·. U.·. é imperativo não medir esforços objetivando sobrepor de forma eficiente e harmoniosa essas contraposições. Com isso combateremos a atitude intolerante, fator originador do processo de desagregação de uma Loja Maçônica.
Por sermos humanos, e sendo a natureza humana contraditória e imperfeita, por vezes podemos ser tomados de comportamentos egoístas ou sermos atraídos pela chama da fogueira das vaidades. Contudo, ao Maçom, por ser Maçom, é dever por princípio estar atento e combater com veemência estas distorções da personalidade com constância e serenidade.
Portanto, a cada dia, nós Maçons temos por obrigação exercitar a prática da tolerância, o que facilita sobremaneira todo o relacionamento entre os irmãos, ampliando o espírito fraterno que existe no seio da nossa entidade milenar.
Com efeito, a partir da iniciação o Maçom torna-se uma pessoa diferenciada, porque se abrem para ele as portas da verdadeira amizade. A fraternidade que passa a viver entre os irmãos é a exteriorização mais concreta da felicidade de ser Maçom.
A tolerância do Maçom não pode se limitar apenas ao relacionamento com o próximo. Há que ser também paciência no desenvolvimento das etapas, que permite o seu crescimento e o seu progresso individual em todos os aspectos de sua vida.
Não é fácil ser Maçom. Se relacionar exige paciência e tolerância, fazer progressos na Maçonaria estreitando os laços de amizade que nos unem exige muito mais tolerância ainda.
Assim, ingressar na Maçonaria é um fato, fazer progresso na ordem é outro. Manter-se motivado é fundamental para o crescimento interior do Obreiro, o que lhe dá um prazer imensurável de ser Maçom.
No seio da nossa Sublime Ordem, é necessário querer progredir, tolerar, estudar, buscar a verdade para que haja a transformação do homem que renasceu para o mundo, no momento especial em que a ele se deu a Luz.
O homem profano perde-se nas solicitações mundanas. O consumismo, a falta de interiorização deixa-o esquecido de si mesmo. Sua convivência com os vícios, acaba por fazê-lo infeliz. Nessa alienação passa a buscar a felicidade fora de si mesmo, nas drogas, no fanatismo religioso e tudo o mais que foge à própria pessoa, em clara fuga do seu mundo vazio de virtudes.
A Maçonaria, portanto, é o oposto de tudo isso, daí decorre a dificuldade de se buscar o crescimento no seu seio. Acostumados que fomos à vida profana, às vezes perdidos na busca de objetivos vãos, encontramos muitas dificuldades para alcançar a plenitude Maçônica. É por isso que alguns desistem.
Contudo, o estudo contínuo propicia o aperfeiçoamento, pois através dele há uma constante evolução de conhecimentos.
Pode-se afirmar ainda, sem qualquer pretensão de esgotar o assunto, que a tolerância deve ser uma das virtudes mais discutidas na Maçonaria. Entretanto, como se viu, a sua prática é demasiadamente difícil. Não porque se evita praticá-la, mas porque é muito complicada, a demarcação dos seus limites, para se saber principalmente onde ela termina, e onde começa a complacência ou mesmo a conivência.
Deve-se considerar que estabelecer esses limites, como se sabe, não é tarefa fácil. Em cada situação, em que empregamos a tolerância, devemos analisar uma infinidade de prismas, nos quais sempre estão em julgamento os procedimentos de Irmãos.
Muitas vezes até a mudança de comportamento de um Irmão, nos obriga a utilizarmos de maior ou menor tolerância. Daí se nota a existência de uma gradação da tolerância, ou seja, como estabelecer-se ou situá-la, em determinados acontecimentos de nossa vida.
Sabemos que o erro é próprio do homem. Determinadas circunstâncias obrigam ou mesmo impõe a pessoa humana, o deslize e o desvio do caminho correto.
Contudo, se um Irmão que sempre agiu corretamente e, de um momento para outro, percebe-se um desvio em sua conduta, devemos, então, exercitando a exigida tolerância, colocar na balança os dados positivos existentes em seu favor, e que até recentemente era motivo de elogios. Esse passado bom do Irmão, deve representar um fator atenuante de suas faltas. Pelo sentimento de tolerância e porque não dizer de justiça, devemos considerar nesse julgamento, todas as coisas boas realizadas.
Pela tolerância, também devemos sempre procurar ouvir o Irmão. Saber o que está acontecendo com ele, quais são os fatos novos em sua vida, que o obrigam a se desviar do caminho seguro da virtude.
Contudo, convém esclarecer que, como é sabido, a tolerância não implica em compactuar ou transigir com o erro; não é permitir a violação do direito ou ruptura da ordem jurídica ou mesmo atitudes de conspurcação moral. Se tal acontecesse ficaria evidenciado uma clara conduta de conivência inaceitável e transgressora dos princípios maçônicos estabelecidos.
O verdadeiro Maçom deve combater com firmeza, atos ou crenças que possam conduzir a humanidade à barbárie, do fanatismo fundamentalista e/ou totalitarismos, destruidores dos mais expressivos e preciosos valores universais inerentes às garantias e direitos fundamentais do homem e do Estado de Direito.
Vale ressaltar que o critério do que seja justo, é inerente à idéia de tolerância, se considerarmos que essa virtude possui algo de comiseração, por não se deixar conduzir por juízos precipitados.
Está implícita na tolerância a possibilidade de poder auxiliar os irmãos faltosos ou culpados a não incorrerem no mesmo erro, haja vista que aquele que a exercita, possui o sentido de clemência e da paciência capazes de demover os possuidores da vaidade, da soberba e da iniqüidade.
Conclusivamente podemos afirmar que a tolerância constitui uma dádiva preciosa, que deve ser cultuada para que se fortaleça a noção de Fraternidade entre nós.
Para tanto devemos assumir como verdadeira tolerância a que tem por significado: Sinceridade no pensamento. Compreensão no estudo dos fatos. Generosidade no cumprimento da ação.
Inegavelmente é na relação de compromisso solidário, fraterno e desinteressado exercida na vivência de cada dia que iremos demonstrar se assimilamos e colocamos em prática, tão precioso fundamento da Arte Real.
Ir. Celso Tadeu Monteiro Bastos
M.·. M.·.
A.·.R.·.L.·.S.·. ACÁCIA DE VÁRZEA GRANDE Nº 33.
4. Referências Bibliográficas
Ritual do Gral 1 – Aprendiz Maçom, do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso;
Constituição do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso;
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia.
CASTELLANI, José. Dicionário Etimológico Maçônico.
CAMINO, Rizzardo Da. Reflexões do Grau de Aprendiz;
LEIA MAIS...
O tema proposto para esta apresentação é de grande relevância para os maçons e para Ordem Maçônica em geral, dada a sua importância filosófica e doutrinária como guia maior da prática das virtudes afinal: “Maçonaria é o estudo das ciências e a prática das VIRTUDES”
O presente trabalho discorre sem pretensões, sobre algumas reflexões acerca da importância contida na virtude da Tolerância no processo de aceitação e compreensão das diferenças, em especial no seio maçônico, convivência fraterna entre os irmãos.
De início convém destacar que a Tolerância traduz no remédio eficaz contra todas as ações e posturas eivadas de intransigências e que objetivam suprimir a livre manifestação do pensamento.
Neste contexto a Maçonaria se mostra como intransigente defensora e cultora dos sãos princípios desta importante virtude de tão difícil exercício, considerando ser a natureza humana suscetível ao poder nefasto do super-dimensionamento do ego e do ranço dogmático das vaidades e do poder.
Então, a observação e a prática da tolerância constitui, pois, exigência fundamental para a prática maçônica. Por isso que a nossa Sublime Ordem exige de seus Iniciados o cumprimento de sérios deveres e enormes sacrifícios.
A Maçonaria proclama em seus princípios fundamentais que os homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que assim sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um.
Especificamente, no âmbito de nossa obediência, consta do Ritual do 1º Grau-Aprendiz Maçom, no tópico Preâmbulo da Maçonaria - Seus Princípios Fundamentais que:
“A maçonaria não impõe nenhum limite à investigação da verdade e é para garantir a todos essa liberdade que exige, a maior tolerância” (sic - Ritual Grau 1, GOEMT, pág. 09)
Assim, a nossa Sublime Ordem proclama a TOLERÂNCIA entre os seus Iniciados.
O vocábulo tolerar não significa apenas ser indulgente, ser condescendente, ser transigente, ser permissivo, mas acima de tudo significa ter certa capacidade ou resistência para suportar.
Na sociedade moderna, praticar a tolerância a cada dia exige muito esforço de cada um de nós, pois a conturbada atividade social e a pressão psicológica exercida sobre o homem, torna-o exigente, imprudente, agressivo e até inconseqüente na execução dos atos em sua vida.
É nesse contexto que tolerar assume importância fundamental entre os homens.
Se o homem profano sente-se desobrigado de praticar a tolerância, para o homem Maçom o mesmo não acontece, pois, tolerar é um dever. Este princípio está intrinsecamente ligado a um dos fins supremo da Sublime Ordem: a Fraternidade.
Como se sabe, na prática maçônica tem-se que a meta para combater e eliminar a mãe de todos os vícios, adota como premissa o culto aos sãos princípios da Tolerância, do Amor Fraternal e do Respeito a si mesmo.
A Tolerância, pois, constitui uma das mais importantes virtudes para a Maçonaria, pois possibilita a convivência dentro das Lojas, de Irmãos de todas as tendências de pensamento e credos, fazendo com que se acate, com necessária humildade as diferenças e desníveis inerentes ao ser humano em todos os sentidos.
Desta forma é mister compreender a virtude da tolerância como imperativo essencial ao pleno exercício da atividade maçônica, por ser esse o caminho para suplantar os óbices e alcançar em sua dimensão plena a solidariedade e o espírito fraterno. A negação a atitudes intolerantes conduz necessariamente ao reconhecimento e à compreensão dos valores espirituais alheios, divergentes e até adversos.
Deve-se observar que a Maçonaria compreende e absorve a existência das tensões e contrariedades que se exprimem no cotidiano da vida humana em sociedade.
Conseqüentemente pelo respeito à vida e ao G.·. A.·. D.·. U.·. é imperativo não medir esforços objetivando sobrepor de forma eficiente e harmoniosa essas contraposições. Com isso combateremos a atitude intolerante, fator originador do processo de desagregação de uma Loja Maçônica.
Por sermos humanos, e sendo a natureza humana contraditória e imperfeita, por vezes podemos ser tomados de comportamentos egoístas ou sermos atraídos pela chama da fogueira das vaidades. Contudo, ao Maçom, por ser Maçom, é dever por princípio estar atento e combater com veemência estas distorções da personalidade com constância e serenidade.
Portanto, a cada dia, nós Maçons temos por obrigação exercitar a prática da tolerância, o que facilita sobremaneira todo o relacionamento entre os irmãos, ampliando o espírito fraterno que existe no seio da nossa entidade milenar.
Com efeito, a partir da iniciação o Maçom torna-se uma pessoa diferenciada, porque se abrem para ele as portas da verdadeira amizade. A fraternidade que passa a viver entre os irmãos é a exteriorização mais concreta da felicidade de ser Maçom.
A tolerância do Maçom não pode se limitar apenas ao relacionamento com o próximo. Há que ser também paciência no desenvolvimento das etapas, que permite o seu crescimento e o seu progresso individual em todos os aspectos de sua vida.
Não é fácil ser Maçom. Se relacionar exige paciência e tolerância, fazer progressos na Maçonaria estreitando os laços de amizade que nos unem exige muito mais tolerância ainda.
Assim, ingressar na Maçonaria é um fato, fazer progresso na ordem é outro. Manter-se motivado é fundamental para o crescimento interior do Obreiro, o que lhe dá um prazer imensurável de ser Maçom.
No seio da nossa Sublime Ordem, é necessário querer progredir, tolerar, estudar, buscar a verdade para que haja a transformação do homem que renasceu para o mundo, no momento especial em que a ele se deu a Luz.
O homem profano perde-se nas solicitações mundanas. O consumismo, a falta de interiorização deixa-o esquecido de si mesmo. Sua convivência com os vícios, acaba por fazê-lo infeliz. Nessa alienação passa a buscar a felicidade fora de si mesmo, nas drogas, no fanatismo religioso e tudo o mais que foge à própria pessoa, em clara fuga do seu mundo vazio de virtudes.
A Maçonaria, portanto, é o oposto de tudo isso, daí decorre a dificuldade de se buscar o crescimento no seu seio. Acostumados que fomos à vida profana, às vezes perdidos na busca de objetivos vãos, encontramos muitas dificuldades para alcançar a plenitude Maçônica. É por isso que alguns desistem.
Contudo, o estudo contínuo propicia o aperfeiçoamento, pois através dele há uma constante evolução de conhecimentos.
Pode-se afirmar ainda, sem qualquer pretensão de esgotar o assunto, que a tolerância deve ser uma das virtudes mais discutidas na Maçonaria. Entretanto, como se viu, a sua prática é demasiadamente difícil. Não porque se evita praticá-la, mas porque é muito complicada, a demarcação dos seus limites, para se saber principalmente onde ela termina, e onde começa a complacência ou mesmo a conivência.
Deve-se considerar que estabelecer esses limites, como se sabe, não é tarefa fácil. Em cada situação, em que empregamos a tolerância, devemos analisar uma infinidade de prismas, nos quais sempre estão em julgamento os procedimentos de Irmãos.
Muitas vezes até a mudança de comportamento de um Irmão, nos obriga a utilizarmos de maior ou menor tolerância. Daí se nota a existência de uma gradação da tolerância, ou seja, como estabelecer-se ou situá-la, em determinados acontecimentos de nossa vida.
Sabemos que o erro é próprio do homem. Determinadas circunstâncias obrigam ou mesmo impõe a pessoa humana, o deslize e o desvio do caminho correto.
Contudo, se um Irmão que sempre agiu corretamente e, de um momento para outro, percebe-se um desvio em sua conduta, devemos, então, exercitando a exigida tolerância, colocar na balança os dados positivos existentes em seu favor, e que até recentemente era motivo de elogios. Esse passado bom do Irmão, deve representar um fator atenuante de suas faltas. Pelo sentimento de tolerância e porque não dizer de justiça, devemos considerar nesse julgamento, todas as coisas boas realizadas.
Pela tolerância, também devemos sempre procurar ouvir o Irmão. Saber o que está acontecendo com ele, quais são os fatos novos em sua vida, que o obrigam a se desviar do caminho seguro da virtude.
Contudo, convém esclarecer que, como é sabido, a tolerância não implica em compactuar ou transigir com o erro; não é permitir a violação do direito ou ruptura da ordem jurídica ou mesmo atitudes de conspurcação moral. Se tal acontecesse ficaria evidenciado uma clara conduta de conivência inaceitável e transgressora dos princípios maçônicos estabelecidos.
O verdadeiro Maçom deve combater com firmeza, atos ou crenças que possam conduzir a humanidade à barbárie, do fanatismo fundamentalista e/ou totalitarismos, destruidores dos mais expressivos e preciosos valores universais inerentes às garantias e direitos fundamentais do homem e do Estado de Direito.
Vale ressaltar que o critério do que seja justo, é inerente à idéia de tolerância, se considerarmos que essa virtude possui algo de comiseração, por não se deixar conduzir por juízos precipitados.
Está implícita na tolerância a possibilidade de poder auxiliar os irmãos faltosos ou culpados a não incorrerem no mesmo erro, haja vista que aquele que a exercita, possui o sentido de clemência e da paciência capazes de demover os possuidores da vaidade, da soberba e da iniqüidade.
Conclusivamente podemos afirmar que a tolerância constitui uma dádiva preciosa, que deve ser cultuada para que se fortaleça a noção de Fraternidade entre nós.
Para tanto devemos assumir como verdadeira tolerância a que tem por significado: Sinceridade no pensamento. Compreensão no estudo dos fatos. Generosidade no cumprimento da ação.
Inegavelmente é na relação de compromisso solidário, fraterno e desinteressado exercida na vivência de cada dia que iremos demonstrar se assimilamos e colocamos em prática, tão precioso fundamento da Arte Real.
Ir. Celso Tadeu Monteiro Bastos
M.·. M.·.
A.·.R.·.L.·.S.·. ACÁCIA DE VÁRZEA GRANDE Nº 33.
4. Referências Bibliográficas
Ritual do Gral 1 – Aprendiz Maçom, do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso;
Constituição do Grande Oriente do Estado de Mato Grosso;
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia.
CASTELLANI, José. Dicionário Etimológico Maçônico.
CAMINO, Rizzardo Da. Reflexões do Grau de Aprendiz;
Assinar:
Postagens (Atom)